quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A casa caiu

A curta carreira do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (Cefet) sofreu mais um duro golpe. Quem sabe o golpe definitivo. Acaba de ser anulado pelo governo do Estado o concurso público C-126 para cargos de nível superior da SEDUC, sob uma pesada bateria de críticas por parte de candidatos e professores de cursinhos.
O Cefet foi afastado da realização do concurso, que deverá ser organizado por outra entidade.
Já estavam anulados outros cinco concursos, diante de uma extensa coleção de fraudes e irregularidades. Resta saber se além de afastar a instituição, o governo vai abrir procedimento para apurar responsabilidades, bem como o destino dos recursos arrecadados pela taxa de inscrição de muitos milhares de candidatos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Está certo que anulem o concurso. Entretanto, diante do histórico de falcratuas denunciadas exige-se que o MPF e a Polícia Federal compareçam para sanear a instituição.
O que falta para essas instituições sempre tão zelosas da moral e dos bons costumes chegarem igual a cavalaria dos filmes de Rin-tin-tin?
CQD

Anônimo disse...

Sabe-se quem está por trás da contratação do CEFET, com dispensa de licitação, para promover vários concursos de provimento de cargos estaduais. Esta influente pessoa, era a costa larga da secretária de administração, que contra a vontade da direção do partido a qual pertence se manteve no cargo.Tudo por conta é claro da estabilidade dos concursos públicos.
Agora, com o fim do CEFET, quem vai proteger a tão competente secretária?

Anônimo disse...

Bem, pelo menos no CEFET, já arrumaram um culpado. Ou culpada, melhor dizendo. Sobrou para uma determinada professora, que também acumulava um cargo de direção, a responsabilidade pelo Ctrl-C + Ctrl-V.
Dizem as más línguas (a minha não incluída), que a dita professora teria recebido a singela quantia de 30 mil reais para preparar as questões. Agora, como? É o que se perguntam até mesmo as divisórias da Diretoria de Ensino Superior. Como?
Pelo que se sabe até então, a notável professora é pedágoga e pedágogo não prepara prova para nutricionista, fonoaudiólogo, economista, enfim... A hipótese até então mais aceita é a "Hipótese Google". Funciona mais ou menos assim:
- Você acessa a internet;
- Digita o endereço www.google.com
- Na caixa de pesquisas, digita-se, por exemplo, concurso nutricionista;
- Dentre os resultados que surgirão, provavelmente um deles trará algo do tipo "Questões da Prova";
- Clique sobre este importante link e... tchan... Ctrl-C + Ctrl-V.
Pode-se até achar engraçado, mas esse o retrato fiel e acabado do que acontece hoje nesta instituição, tamanho é o descaramento, o descaso que se tem com a educação. O CEFET virou uma máquina de fazer dinheiro para alguns, e de gerar vergonha para a grande maioria. Prevalece, nesta gestão, a política da incompetência, misturada a uma política de favores pessoais, que parece tão somente refletir o que se passa em outros níveis de governo, em que membros da família também pontuam.
Agora, como reclamar? Esta mesma pessoa que hoje é apontada como a responsável pela lambança, a costas-largas do momento, é fruto de um destes concursos internos malsinados, desses realizados pelo CEFET com uma história até então pouco esclarecida.
É importante lembrar também que a mesma personagem já participou de diversas bancas para contratação de professores efetivos, com especial predileção pelas bancas onde disputavam vaga filhos de determinado personagem desta história. O que nos faz lembrar de uma analogia supostamente atribuída a ela, no momento em que alguém a indicava ao paredão; disse ela: "Eu sou como uma árvore antiga no meio da floresta. Posso até cair, mas levo outras árvores comigo".
É esperar e conferir.