domingo, 10 de fevereiro de 2008

O céu por testemunha

São Pedro bem que poderia ser escolhido como padroeiro - involuntário, por certo - da legião de desmatadores e grileiros que agem sob a mais completa impunidade no Pará e em toda a Amazônia. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em setembro e outubro de 2007, 26% e 33%, respectivamente, do Estado estiveram cobertos por nuvens, o que impossibilitou o trabalho de detecção de queimadas por satélite. Com essa ajuda providencial, as motosserras não descansaram enquanto uma expressiva área de 737 quilômetros quadrados de floresta não veio ao chão. Entretanto, sobretudo nas regiões Norte e Leste do Pará, áreas críticas em desmatamento e onde a presença de nuvens foi mais intensa, a destruição deve ter sido muito maior do que pode ser fotografado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).

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