terça-feira, 8 de abril de 2008

Martírio sem fim

Há 12 anos, dia após dia, ainda dá para ouvir os gritos de pavor. A manifestação de sobreviventes do massacre, realizada ontem em frente ao Palácio dos Despachos, em Belém, demonstra que a esses brasileiros deserdados não foi permitido esquecer o tiroteio, os golpes de arma branca, a fumaça e o sangue que inundou a curva do S, naquela cinzenta tarde de 17 de abril de 1996.
O que exigem os sequelados? Apenas que o governo honre seus compromissos e garanta, após tantos anos de criminoso abandono, o atendimento médico às vítimas e as melhorias prometidas ao assentamento 17 de abril. É quase nada, mas parece algo inatingível em um Estado que insiste em reduzir os pobres à escravidão e criminalizar suas manifestações de rebeldia. São ecos do século XVII que se propagam em cabos de fibra ótica.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado Bloger,

Interessante como a matéria do Frank Siqueira que fez um raio-X sobre a caótica situação financeira de Parauapebas não aparece mais na edição eletrônica do Diário do Pará de Domingo(06-04-2008). A primeira página chama a matéria, mas "mi$terio$amente" a matéria não sai. A página A-6 foi retirada. Hummmmmm. Sei não. Cheirando mal.