domingo, 7 de fevereiro de 2010

Criatório de tubarões

Não para de chover na horta das grandes empreiteiras brasileiras. Dinheiro público, crédito subsidiado, novos e mais apetitosos nacos de serviços públicos privatizados e a privatizar. Enfim, um mundo de possibilidades que parece não ter fim.
Por trás dessa alegria toda, a operosa mão do Estado.
Sim, do Estado - sempre aparelhado pelos de cima - e não apenas do governo de plantão, muito embora o lulismo tenha elevado a graus nunca vistos essa simbiótica - e muito suspeita - conjunção de interesses.
Matéria da Folha de São Paulo de hoje mostra como um voraz processo de concentração e monopolização de capital está em marcha. Sob as bençãos e os bilhões do BNDES.
É só a pontinha de um gigantesco novelo, cujos contornos nebulosos parecem não despertar nenhum interesse especial. Reduzir o papel do governo a um simples reforço de caixa eleitoral é não saber da missa a metade.
Pena que o debate político esteja tão limitado e indigente. Fosse outra a situação, quem sabe, estaria aí uma boa pista para se desvelar a força motriz da tragédia nacional.

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