terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dinheiro alado

Chega fácil, vai embora com maior facilidade ainda. O capital, apátrida e volátil, não têm porque negar seu caráter intrinsecamente predador. Desloca-se para os nichos que oferecem maiores vantagens comparativas e que se curvam com mais docilidade a um sistema cujas decisões são sempre exógenas. Nada menos que R$ 15 bilhões tomaram o caminho de volta para o exterior somente no período de junho e julho, provocando uma desvalorização média de 18% nas ações comercializadas na Bovespa. Sinal de alerta de que a farra dos dólares sem fronteiras pode estar com os dias contados.

2 comentários:

David Carneiro disse...

Aldenor, coloquei no meu blog meu testemunho sobre as manifestações contra a globo, no último dia 2. Se der, dá uma passada lá. Um grande abraço!

www.tribunadodavi.blogspot.com

Anônimo disse...

Keynes já se posicionava contra isso, contra essa volatilidade improdutiva.

O capital sem relação com o território é um dos piores que pode haver: é justamente o que tem mais liberdade e menos compromisso. Por essas características poderíamos até chamá-lo de o "capital prostituto".