quinta-feira, 23 de abril de 2009

A mãe de todas as batalhas

Enquanto ao povo é servido mais um naco da indigesta sucessão de escândalos na qual o parlamento federal está atolado, passa despercebido o indicador do maior de todos os saques: a formidável dívida pública que não para de crescer e já atinge a assombrosa cifra de R$ 1,398 trilhões.
Essa dívida não é neutra. Se o país perde, só de juros mais de R$ 10 bi no mês passado, alguém embolsou essa fortuna. E não se espere que esses felizes rentistas e especuladores venham espontaneamente mostrar a face. Estão muito bem, obrigado, assistindo o país pegar fogo, enquanto fecham as malas para uma rápida esticada a Nova York. É que a temporada de shows da Brodway está mesmo imperdível.

Um comentário:

Alan Lemos disse...

Jota-erre, nesses tempos mesmo eu estava pensando em escrever um texto sobre o paradoxo que existe entre a dívida pública do Estado brasileiro e as linhas de financiamento a baixos juros que ele oferece à economia.

Vide FNO, BNDES.. hoje pode parecer uma heresia falar em retirar dinheiro de fundos que se prestariam ao empréstimo para a iniciativa privada (muitos desses fundos são subutilizados), mas não soa justo o Estado pagar mais de 12% para quem o financia e cobrar apenas 6% de quem ele financia [valores ao ano]: assim ele é realmente um desagiota.