segunda-feira, 15 de junho de 2009

Nas pegadas de Talião

Tragédia dentro da tragédia, as circunstâncias da morte dos dois suspeitos acusados pelo assassinato brutal de dois investigadores da Polícia Civil, em Belém, na última sexta-feira, 12, precisam vir à luz. O quanto antes e através de uma investigação independente.
As primeiras informações apontam na direção de fuzilamento sumário. Numa palavra: execução extrajudicial, como tantas que ocorrem sob o manto da impunidade.
A tropa de PMs e policiais civis, impactada com a perda de seus colegas, saiu em uma caçada descomunal, com evidentes sinais de estava movida muito mais pelo desejo de vingar sangue com sangue do que de realizar as prisões dos acusados e de colocá-los à disposição da Justiça.
A matança, até agora pouco explicada a não ser pelo vago e suspeito argumento da "troca de tiros com a polícia", tem o efeito colateral de sepultar a possibilidade de se desvendar como dois presos algemados foram capazes de fugir da delegacia pela porta da frente e, mais estranho ainda, de posse da arma de um dos policiais, protagonizarem o desfecho sangrento da trama. Com eles, a sete palmos, jaz a versão que poderia elucidar o enigma.

Um comentário:

Alan Wantuir disse...

Caro amigo, ao meu ver, não se trata de vingança privada, e sim de uma exceção dada pelo ordenamento jurídico pátrio, o qual se chama legítima defesa (o amigo deve conhecer). Se arvorar de conjecturas pra apontar culpados ou inocentes seria no mínimo imprudente. Deixemos as perícias e as investigações chegarem a conclusão próxima da verdade real.