quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Nova York sitiada

A megalópole está sob cerco. E não são os fantasmas do terrorismo internacional que a assustam. Seu implacável inimigo nestes tempos em que o sistema estremece e lança milhões na rua da amargura é um velhíssimo conhecido do ser humano: a fome. Só neste ano, segundo dados de entidades não-governamentais, cresceu em 28% o número de famintos na cidade. Agora, são famílias inteiras, incluindo crianças e idosos, que se espremem nas gigantescas filas nos postos de distribuição de alimentos destinados à indigência.
O pior, entretanto, é saber que mais da metade dos centros assistenciais não dispõe de recursos suficientes para atender à nova e crescente demanda. A Coalizão Contra a Fome, articulação similar à nossa Ação pela Cidadania, denuncia que houve nesse período uma sensível diminuição dos fundos governamentais. É a guerra contra os pobres em pleno andamento.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quem poderia imaginar.
A fome de Cuba chegou a Nova York.

Aldenor Jr disse...

Fome de Cuba? O que é isso anônimo? Você está contaminado pelo veneno destilado pelas viúvas da Guerra Fria.
Objetivamente a fome cresce no coração da principal megalópole estadunidense. E o pior: o Estado é ágil no socorro aos especuladores e banqueiros, mas parece não ter nenhuma pressa diante do exército de famélicos que não pára de crescer.

Anônimo disse...

Aldenor Jr, voce queria o que na patria do capitalismo e do neoliberalismo.
Me admira o espanto e a noticia da forma que foi dada. Parece até que se esperava atitude diferente.
Deverias começar dizendo que o capitalismo é um sistema que produz famélicos e banqueiros bilhardários e em suas crises sistemicas os primeiros a serem socorridos com o dinheiro publico são extamente os bilhardários, porque para este sistema explorador os famélicos são pobres anônimos que apenas povoam as estatísticas das desgraças que carrega em sua essencia.