Política. Cultura. Comportamento. Território destinado ao debate livre. Entre e participe, sem pedir licença.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
A voz do profeta
Enquanto houver latifúndio, não haverá justiça. A voz que se levanta contra as cercas da intolerância é exemplo de destemor e de adesão incondicional à causa dos mais pobres. Com a palavra, Dom Pedro Casaldáliga.
3 comentários:
Anônimo
disse...
ok, de acordo: morte aos bichos feios e "iníquos" dos latifúndios, mas qual o plano B para suprir de alimentos o país? Ficaremos dependendo integralmente da agricultura familiar? A pergunta é sincera e aguardo resposta. Em tempo, essa frase de D. Pedro é emblemática, não?: "Atualizaremos e radicalizaremos uma autêntica revolução no campo. Pelo Deus da vida e da Terra". Parece o pessoal do Hamas falando, não? Ass. Mapinguari, o que não é ruralista, defende o meio ambiente mas desconfia de exageros e das motivações humanas, inclusive as que vêm de religiosos super engajados que declaram a Jihad contra os outros.
O preconceito nunca é boa companhia. A realidade dramática do campo brasileiro, expressão de uma sociedade tão iníqua quanto hipócrita, não pode mais ser eludida. Dom Pedro é um profeta, na melhor acepção da palavra. Ele ergue a voz contra os poderosos e não estabelece qualquer compromisso que não seja a defesa dos pobres da cidade e do campo. Fiquemos com seu exemplo de vida. Fiquemos com sua firmeza e coerência. Fujamos, igualmente, dos solertes atalhos da estigmatização. O debate pode e deve ser travado com inteligência. Fora desse leito, como sabemos, resta a barbárie e seus novos (?) métodos de impor a hegemonia dos de cima.
PS:
É óbvio que a agricultura de um país como o nosso não se resume à sua dimensão familiar. É óbvio, também, que o que ocorre hoje - sob Lula, inclusive - é a predominância e radicalização do modelo agro-exportador. Alguém ainda duvida disso?
De minha parte não há preconceito, mas constatação. As frases aspeadas chamando para a "condenação do latifúndio como uma iniquidade" são do próprio D. Pedro, o que demonstra extremismo, radicalismo, generalização. Até acredito nas boas intenções do religioso, mas não esqueça da sabedoria popular: "de boas intenções está cheio o inferno". Justamente porque temos de não nos ater a um único aspecto em questões desse tipo. E esse é um tema complexo demais para que se convoque uma jihad para resolvê-lo. Respeito muito os religiosos - D. Pedro inclusive - mas prefiro ficar com minha própria firmeza e minha coerência que tudo analisa e ouve vários aspectos de uma esma questão, sem jamais fechar questão radicalmente com um só lado.
3 comentários:
ok, de acordo: morte aos bichos feios e "iníquos" dos latifúndios, mas qual o plano B para suprir de alimentos o país? Ficaremos dependendo integralmente da agricultura familiar? A pergunta é sincera e aguardo resposta.
Em tempo, essa frase de D. Pedro é emblemática, não?: "Atualizaremos e radicalizaremos uma autêntica revolução no campo. Pelo Deus da vida e da Terra". Parece o pessoal do Hamas falando, não?
Ass. Mapinguari, o que não é ruralista, defende o meio ambiente mas desconfia de exageros e das motivações humanas, inclusive as que vêm de religiosos super engajados que declaram a Jihad contra os outros.
Mapinguari,
O preconceito nunca é boa companhia.
A realidade dramática do campo brasileiro, expressão de uma sociedade tão iníqua quanto hipócrita, não pode mais ser eludida.
Dom Pedro é um profeta, na melhor acepção da palavra.
Ele ergue a voz contra os poderosos e não estabelece qualquer compromisso que não seja a defesa dos pobres da cidade e do campo.
Fiquemos com seu exemplo de vida.
Fiquemos com sua firmeza e coerência.
Fujamos, igualmente, dos solertes atalhos da estigmatização.
O debate pode e deve ser travado com inteligência.
Fora desse leito, como sabemos, resta a barbárie e seus novos (?) métodos de impor a hegemonia dos de cima.
PS:
É óbvio que a agricultura de um país como o nosso não se resume à sua dimensão familiar.
É óbvio, também, que o que ocorre hoje - sob Lula, inclusive - é a predominância e radicalização do modelo agro-exportador.
Alguém ainda duvida disso?
De minha parte não há preconceito, mas constatação. As frases aspeadas chamando para a "condenação do latifúndio como uma iniquidade" são do próprio D. Pedro, o que demonstra extremismo, radicalismo, generalização. Até acredito nas boas intenções do religioso, mas não esqueça da sabedoria popular: "de boas intenções está cheio o inferno". Justamente porque temos de não nos ater a um único aspecto em questões desse tipo. E esse é um tema complexo demais para que se convoque uma jihad para resolvê-lo.
Respeito muito os religiosos - D. Pedro inclusive - mas prefiro ficar com minha própria firmeza e minha coerência que tudo analisa e ouve vários aspectos de uma esma questão, sem jamais fechar questão radicalmente com um só lado.
Postar um comentário