quarta-feira, 20 de maio de 2009

Na companhia do medo

Regina Duarte, sempre ela, volta a atacar. Atriz-fazendeira, direitista até a última célula, ganhou notoriedade quando se prestou, nos idos de 2002, quando disseminou o terror diante de uma previsível vitória do PT de Lula. Os motivos, hoje todos sabem, eram injustificados, uma mistura de preconceito e mau-caratismo. Lula não era o bicho-papão capaz de atormentar o bom sono das classes proprietárias - os banqueiros, os plutocratas, os latifundiários e suas sesmarias intocáveis, todos já estão bem conscientes disto -, mas, àquela época, havia uns e outros que ainda julgavam ter fundados motivos para desconfiar. Hoje, infelizmente, isso sim é que seria uma delirante quimera.
Pois bem, Regina Duarte continua com medo, muito medo. E não é mais (nem principalmente de Lula e do PT). Agora, ela morre de medo dos índios, dos quilombolas, dos ribeirinhos. Isso mesmo. A fazendeira-atriz, criadora de gado da raça Brahman, no ultra-conservador interior paulista, teme o avanço da luta pela demarcação de terras indígenas (e de outros povos da floresta), nova fonte de preocupação para os potentados de sempre.
O jornalista Leonardo Sakamoto revela onde e quando o pavor voltou a atormentar a ex-namoradinha do Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Espero que da mesma forma que o Lula ganhou, após as declarações de Regina Duarte, as organizações dos Quilombolas, índios e ribeirinhos, também sejam vitoriosos, com os novos "medos" dessa legítima representante das elites brasileiras.