quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A guerra que dá lucro

A Embraer é uma indústria de ponta. Já foi orgulho do setor estatal aeronáutico, até sucumbir na maré privatizante, em 1994, no governo Itamar Franco. Hoje, é a terceira maior fabricante de aviões do mundo, despontando como uma das mais importantes exportadoras brasileiras, vendendo aviões de reconhecida capacidade tecnológica e perfil competitivo. Entre outras áreas, a ex-estatal avança no restrito clube de fornecedores de equipamentos bélicos, aquele punhado de empresas que torcem mesmo para que o mundo pegue fogo. Quanto mais quente, melhor.
Segundo a Gazeta Mercantil de hoje, a Embraer acaba de fechar com a República Dominicana uma encomenda de oito turboélice Super Tucano, no valor de US$ 94 milhões. As aeronovares de uso militar são do mesmo modelo que em 2006, num barulhento conflito comercial, os Estados Unidos proibiram o Brasil de vender ao governo de Hugo Chávez. O veto se deu pelo fato da aeronave utilizar componentes patenteados por empresas estadunidenses, que por isso se acham no direito de pisotear a soberania de outras nações. Claro: de nações que perderam o respeito por si mesmas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hugo Chaves, também, não se dá ao respeito.
Aprovou sua re-re-re-re-eleição ad infinitum...
E viva la democrácia bolivariana!

Aldenor Jr disse...

Anônimo das 17h20,

Hugo Chávez não "aprovou" a reeleição indefinida. Reduzir a questão a este prisma tosco não ajuda no debate.
O Congresso Nacional da Venezuela aprovou a proposta que deverá passar por um plebiscito. Isto é, a soberania popular é que terá a última palavra.