O PT está disposto a cortar na própria carne para quitar a fatura do acordo (re)eleitoral fechado com o PTB de Duciomar Costa. Cortar literalmente, diga-se.
Diante da rebeldia de pelo menos um integrante da bancada municipal que não admite a desmoralização de se ver obrigado a apoiar o projeto de privatização dos serviços de água e esgoto da capital, passou-se a sinalizar a concreta possibilidade de uma solução dramática. Exige-se que a executiva do Diretório de Belém, controlada em sua maioria por setores adversários da DS, tendência da governadora Ana Júlia, se reúna em caráter emergencial nesta manhã de quarta-feira, 30, e aprove o fechamento de questão sobre o tema. Tudo isso como forma de enquadrar estatutariamente o parlamentar insubmisso.
Caso insista na posição - aliás, posição histórica do PT e, imaginava-se, também do governo - o vereador Otávio Pinheiro pode ser expulso da legenda.
O clima na militância e em parte da direção do PT nunca esteve tão carregado.
Para alguns petistas históricos, que preferem o anonimato, o acordo com Duciomar ultrapassou todas as fronteiras. E pior: a fatura mais amarga está sendo transferida para a conta do partido, que passará à opinião pública um enorme recibo de ser parte de uma negociação nebulosa e marcada por fortes indícios de ser contrária ao interesse público.
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