terça-feira, 15 de junho de 2010

Sob a névoa da guerra

Em quase uma década de invasão, os Estados Unidos e seus aliados já deixaram em solo afegão mais de 1800 soldados mortos.
As vítimas entre a população civil podem ser contadas em dezenas de milhares.
A ocupação militar aliada já se estende por um período superior ao que foi necessário para empurrar para fora daquelas montanhas e desfiladeiros as estropiadas tropas do império soviético em sua fase de quase esclerose.
Apesar de todos os bilhões investidos, esta guerra é um fracasso sob todos os ângulos.
Mas, então, por que ela se prolonga indefinidamente e com esse crescente e imoral custo humano?
Por que não se detém essa guerra que de tão brutal se parece cada vez mais com uma chacina sem sentido?
Mas o sentido existe e agora veio à luz: no Afeganistão, de povo tão pobre e massacrado, repousam enormes jazidas minerais de ferro, cobre, cobalto, nióbio, ouro e lítio, estimadas, por baixo, em US$ 1 trilhão.
É pela posse desse butim extraordinário e não por qualquer outra razão que se alegue, o sangue vai continuar a ser derramado.

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