sábado, 26 de janeiro de 2008

De vilões e carapuças

A carapuça serviu perfeitamente para os pecuaristas e agronegocistas paraenses, representados pela Faepa. Eles são mesmo os principais vilões do desmatamento no Estado, cujo intenso crescimento nos últimos meses acendeu o sinal de alerta das autoridades federais.
Pode espernear à vontade, mas não dá para negar que 99% - incrível - dos desmatamentos no Pará são completamente ilegais, segundo declarou à imprensa o secretário de Estado de Meio Ambiente, Valmir Ortega. A expansão da pecuária, a exploração irregular de madeira e o uso de floresta nativa para a produção de carvão vegetal (que vai compor a cadeia produtiva do ferro gusa, por exemplo), são as atividades que mais contribuem para o aprofundamento do quadro de degradação socioambiental.
Diante da constatação, aguarda-se para as próximas semanas, com redobrada expectativa, a efetivação prática das medidas de embargo decretadas pelo governo federal. Os 12 municípios paraenses incluídos na lista suja do desmatamento - 36 municípios que são responsáveis por mais de 50% do desmatamento da Amazônia - já foram cenários de outras operações pontuais dos órgãos fiscalizadores, com escassos resultados práticos.
Que não se repita como farsa, é o que se espera.

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