quinta-feira, 10 de abril de 2008

A lógica por trás da guilhotina

Da inesperada queda de Charles Alcântara, principal articulador político e Chefe da Casa Civil do governo petista de Ana Julia muito ainda vai se falar. Desde logo, pode-se tirar pelo menos duas conclusões.

Primeiro: não importa qual seja a versão oficial, esta demissão decorre da violenta luta pelo poder instalada no interior do núcleo mais próximo da governadora, onde se engalfinham dirigentes de sua tendência interna no PT, a Democracia Socialista (DS). Eventuais diferenças de tática política – se é que realmente existem – tendem a ficar subordinadas e relegadas à condição de elementos do discurso para retroalimentar a disputa fratricida.

Segundo: imediatamente, a saída de Charles Alcântara deverá ser recebida com discretas comemorações de seus muitos desafetos dentro do PT e da própria DS. Seu isolamento entre as chamadas forças políticas do PT já era notório e só se ampliou nos últimos meses. Contraditoriamente, a queda do ex-lugar tenente de Ana Julia será mais lamentada nas hostes peemedebistas, que tinham nele um importante defensor dos acordos entre o governo petista e o cacique Jader Barbalho.

5 comentários:

Anônimo disse...

Não podemos aceitar pessoas do PT, influente como Charles Alcântara, esteja mais para os planos do PMDB do que o próprio PT. Este "namoro" tem dia e hora para acabar. O PT tem projeto totalmente antagônico do PMDB, partido fisiológico.

Anônimo disse...

Projeto antagônico ao do PMDB? Por favor cite três?

Cláudio

Anônimo disse...

O PT, tanto nacionalmente, como no Estado esta no poder, dentro de uma democracia, quer dizer: tem que copor.
Qualquer outro procedimento esta fadado ao insucesso, ao falastranismo, ao quixotismo.
Juizo, vamos construir.

Aldenor Jr disse...

Caros do'"Núcleo 13", das 20h12:
Lamento não postar o comentário que vocês enviaram, com as longas ilações de Leopoldo Vieira sobre a queda de Charles Alcântara. Julgo que a abordagem oferecida no texto - com seu acre teor de acerto de contas - deve interessar mais aos que vivem - e sobrevivem - em meio à luta interna petista, que aos leitores usuais deste blog.

Anônimo disse...

O problema central da saída do Charles foi querer "agradar" o PMDB; Partidos aliaDOS e a si proprio com DAS do que o próprio PT.