Foi preciso muitos anos de campanha sistemática e tenaz.
Era preciso dobrar a resistência dos movimentos sociais.
Era preciso criar, na sociedade de cabo a rabo, a firme convicção de que ineficiência é produto necessário e indispensável da presença do Estado.
Contrário senso, tudo de bom e de maravilhoso decorre da genialidade inata dos entes privados.
A guerra midiática contra o setor público seguiu por anos a fio, até que as condições "objetivas" e "subjetivas" estivessem dadas. E foi o príncipe FHC o encarregado para operar o desmonte que Collor deixou somente iniciado.
Seu sucessor, Lula, tinha tudo para desmascarar a farsa, mas resolveu seguir e aprofundar o modelo, com mais sabedoria e maior sutileza, diga-se.
Este artigo do economista Aloysio Biondi (1936-2000), publicado originalmente na Folha de São Paulo no já distante 1996, dá uma boa medida de como essa verdadeira conspiração contra os interesses nacionais foi montada. E, infelizmente, até agora executada com bastante êxito.
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