É uma matemática estranha.
Grande parte do dinheiro sairá dos cofres do BNDES, a juros subsídiados e a longo prazo.
Pelo menos 80% dos quase 20 bi (que serão esticados durante a obra para 30 bi ou mais) serão drenados do Tesouro, deixando de atender as demandas mais urgentes e necessárias ao povo brasileiro.
Parte da infraestrutura e das chamadas medidas mitigadoras - eufemismo para designar a tentativa de amenizar os terríveis impactos socioambientais - também serão custeadas pelos cofres públicos.
Porém, a usina de Belo Monte, esta verdadeira tara do governo Lula&Dilma&Grandes empreiteiras, receberá sócios estatais até o limite de 49,98%.
Por que não 51%?
Por que não atribuir a este dito projeto estratégico, apontado como a própria salvação da lavoura do modelo de crescimento a qualquer custo, a chancela do controle público?
Eis aí uma belíssima pergunta. Melhor: uma pergunta constrangedora e inconveniente.
A privatização, palavra maldita na presente quadra eleitoral, possui mesmo variadas e múltiplas maneiras de se manifestar.
As formas mais sutis, ou mais encobertas, costumam ser as mais eficientes.
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