O caráter de sigiloso que o governo Ana Julia quer impor à papelada entregue na última sexta-feira, 30, pela ex-auditora geral do Estado, Tereza Cordovil, à Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa é, ao mesmo tempo, absurdo e contraproducente.
Absurdo porque não tem amparo legal e fere de morte o discurso de compromisso com a transparência alardeado pelos que apoiam o Palácio dos Despachos.
Contraproducente - além de suspeitíssimo - porque sinaliza para a existência de malfeitorias flagradas pelas auditorias da AGE. Pior: que as supostas falcatruas não tenham merecido o imediato e radical combate, como manda a lei.
Um comentário:
Além de absurdo e contraproducente e mais um vergonhoso discurso do deputado Bordalo, mestre na arte de tentar dissimular os atos corruptos do governo e por isso mesmo expor a farra dos detentores do poder. Mas pelo menos é coerente: o crime, para ser perfeito, tem que ser mantido em sigilo.
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