Não é piada, até porque o senso de humor não costuma ser muito refinado por aquelas bandas. Trata-se de manobra velha, cuja utilização obedece rigorosamente o calendário eleitoral.
O suposto combate à direita surge somente como parte de um discurso instrumental. Serve para criar um clima de polarização que interessa à candidata governista, como já serviu - e como - para Lula no segundo turno de 2006.
É evidente, porém, que a direita, inclusive sua vertente fascistóide, está mais viva do que nunca. Parte dela, inclusive, abrigada em entidades patronais, na mídia e no parlamento, integra sem qualquer pudor a arca que sustenta a chamada "governabilidade" dos atuais ocupantes do Palácio do Planalto.
Por isso, não é preciso usar nenhuma lupa para perceber que já foi o tempo em que o PT tinha moral para apontar o dedo para o ninho das elites e para a profusão de ovos de todas as magnitudes e procedências.
Quem almoça e janta ancorado em figuras da estirpe de um José Sarney ou da malta de políticos do PP de Paulo Maluf deveria economizar o distinto público de pataquadas tão pouco criativas.
Um comentário:
A direita, inclusive sua vertente fascistóide está aí.
Procura-se: a face pura da esquerda.
Será que existe?
Por onde andará?
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