sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Crer. Para ver.

Veja:
há mais do que essa trama invisível
e perversa a aprisionar o horizonte
nesse édito da injustiça eterna.

Veja:
o homem-mercadoria e o tudo-coisa
não são tão absolutos quanto querem
fazer crer.

Veja:
Aqui e ali, no espaço-silêncio,
algo se move.
Lenta, desajeitada e ferozmente, move-se.

Veja:
Que 2011, grávido de tantas esperanças,
desfralde todas as bandeiras - rotas mas tão atuais -
para afirmar a liberdade humana como alvo e
como destino.