domingo, 22 de agosto de 2010

Coincidências não existem

A Rádio Tabajara, do jornalista Carlos Mendes, foi empastelada ontem.
A pesada mão do Estado agiu com a truculência de sempre, mas não se tratou de um ato cego.
Que ninguém se engane: há sim relação entre causa e efeito entre as críticas dirigidas pelo jornalista à campanha do PT e a "inspeção" de rotina realizada pela Anatel e Polícia Federal.
Pouco importa se centenas de rádios alternativas têm sido vítimas do mesmo processo de censura institucionalizada.
No caso específico - e isso é fundamental que se lembre - houve uma ação coordenada.
Mais importante: difícil crer que não tenha havido ordem de cima.
A sociedade paraense ganhará muito em saber de quem partiu a ideia de utilizar métodos que trazem a lembrança do açoite sob ordens de redivivos coronéis de barranco.

3 comentários:

Zeca disse...

Caso a rádio estivesse dentro da legalidade nada poderia ser feito contra ela.

A rádio estava funcionando ilegalmente e fazendo campanha política ilegal.

Liberdade sem responsabilidade é anarquia e a lei do mais forte, ou do quem dá mais.

Aldenor Jr disse...

De fato, a razzia que a dupla Anatel/PF realiza contra as rádios comunitárias não é de hoje.
Da mesma forma, a "legalidade" nessa área costuma favorecer a imoralidade e o tráfico descarado de influência e prestígio, como prova a existência de novos barões e baronetes na mídia paraense.
O "xis" da questão é acreditar que tudo não terá passado de "feliz" coincidência.
Prefiro não compor esse time de crédulos e ingênuos.

Anônimo disse...

A ana julia está agindo como o Hugo Chavez na Venezuela, fechando as emissoras que criticam.

Porque a rádio não foi fechada no começo ou no final dete ano? Porque agora? Porque esses caras que estão no poder não gostam de criticas