quinta-feira, 24 de março de 2011

Justiça de costas para o povo - Marinor protesta contra decisão do STF que enterrou Ficha Limpa

O julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal ainda nem havia acabado e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) se antecipou e falou sobre a provável decisão de considerar o texto inconstitucional.
Marinor assumiu uma vaga no Senado depois que Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) - que foram barrados com base na lei. No dia do julgamento do caso de Jader Barbalho no STF, a Corte estava com um membro a menos e o julgamento terminou empatado. Os ministro decidiram então manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que considerou Jader inelegível. No julgamento de hoje (23), o STF contou com a presença do ministro Luiz Fux, indicado recentemente para a Corte.
“Lamentavelmente, o voto tão esperado do Brasil, de um advogado de carreira, de um juiz, que não foi questionado por sua carreira jurídica quando foi indicado ministro, não conseguiu trazer novidade e acompanhar o raciocínio da sociedade brasileira e das famílias do Brasil. As famílias do Brasil estão clamando por justiça”, disse Marinor sobre o voto do ministro Fux, que considerou a lei inválida para as eleições de 2010.
Indignada, a senadora disse que o ministro foi incoerente com a posição que demonstrou quando passou por sabatina no Senado. “O ministro Fux se contradisse. Aqui ele disse que a Justiça não pode ficar de costas para a intencionalidade da lei. Mas, agora, ele virou as costas para a intencionalidade da lei da Ficha Limpa”, comparou Marinor.
Para a senadora, a decisão do Supremo de considerar a lei inconstitucional mostra um descompasso com a sociedade, porque 70% dos candidatos barrados por terem a ficha suja foram também reprovados nas urnas. A senadora disse ainda que Jader Barbalho se beneficiou da sua concessão pública para ter uma emissora de televisão e fez “autopropaganda” durante o período eleitoral. Para ela, o poder econômico de seu adversário foi decisivo para que ele obtivesse a maior parte dos votos no Pará.
A senadora disse ainda que vai analisar com sua equipe jurídica as possibilidades que terá para brigar pelo cargo na Justiça.

Fonte: Agência Brasil.

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa decisão é uma afronta ao povo brasileiro,está na hora de exercitar a cidadania e convocar o povo para uma ação popular em repúdio ao nossos representantes do Supremo, que ao votar favorável aos fichas sujas, estão ferindo ao princípio da moralidade.E o povo como vai se sentir com está decisão? A nossa justiça não é cega, ela sabe exatamente o que está fazendo.Vamos protestar, reagir, enfim fazer algo que resguarde os nossos direitos de ter representantes a altura do povo,representantes que não nos envergonhe.

Anônimo disse...

É lamentável termos na mais alta corte do país indivíduos de moral duvidosa. O mais recente membro, juiz Fux, esteve estampando a pouco tempo as páginas de Veja, que o denunciava por favorecimento de familiares e amigos, concedendo a eles estatus de autoridades ao desembarcar no aeroporto Galeao. Aqui cabe a máxima: "quem é fiel no minimo, é fiel no muito. Quem é infiel no minimo, também é infiel no muito". "Então pronto, tá explicado".