O governo Lula é mesmo incorrigível. Quando uma crise política (mais ou menos artificial, diga-se) em torno do suposto e nebuloso encontro entre a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) já estava em seus penúltimos estertores, eis que alguém - com certeza muito bem situado na pirâmide de comando - resolve mandar decapitar, sem dó nem piedade, uma meia dúzia de cargos comissionados que guardavam lealdade à ex-secretária. Pronto, foi como apagar fogo com querosene: instalou-se a Terceira Guerra Mundial nos corredores do fisco, com dezenas de pedidos de exoneração e altíssimos graus de intrigas e detonações para todos os gostos.
Como nas divertidas fitas em branco e preto, onde os patetas - eram três, hilários e inesquecíveis - sempre encontravam um jeito de dar cabeçadas ou enfiar o dedo nos olhos uns dos outros, a equipe ministerial de Lula não consegue passar uma semana sem fornecer munição para seus adversários no Congresso, que andavam meio mofinos depois que a CPI da Petrobrás naufragou em águas tão escuras quanto profundas.
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