Um super-palanque para 2010. Nada menos que Jader Barbalho e Duciomar Costa unidos em torno da causa comum de reeleger Ana Júlia para o governo do Estado. É claro que entre esse acalentado desejo e a sagração das alianças existe uma distância formidável. Tudo pode se desmanchar no ar, já que os caminhos palmilhados nesta seara costumam ser insondáveis.
Um aspecto, porém, permanece nebuloso: adversários de ontem, aliados de ocasião de hoje, têm a cada dia muito mais em comum do que admitem publicamente. Estão se tornando parecidos - nos métodos e nos propósitos - num mimetismo político que faz tábula rasa de antigas fronteiras ideológicas que alguns julgavam intransponíveis.
Ocorre que a travessia do Rubicão ocorreu e já faz bastante tempo. Só os ingênuos e os crédulos de carteirinha fizeram de conta que os fins blindariam os meios, impedindo a inevitável contaminação.
Hoje, cores partidárias e veleidades ideológicas parecem ser meras abstrações. Ou pior: são na verdade simples alegorias - de péssimo gosto, por sinal - para justificar malabarismo em nome de governabilidades unidas pelo fio condutor da gula incontrolável pelo malfeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário