Enquanto choram seus mortos, muitas famílias norte-americanas desconhecem a existência de uma guerra tão sangrenta quanto aquela que é travada nos vales e montanhas da antiga Mesopotâmia. É a guerra contra os mexicanos (e latinos em geral) que tentam transpor o muro da vergonha que separa os Estados Unidos da América Central.
Dados oficiais revelam que somente neste ano 562 mexicanos perderam a vida tentando entrar clandestinamente em território estadunidense. Muitos foram fuzilados pelas patrulhas de fronteira dos Estados Unidos, conhecidas pela truculência. Outros tantos pereceram de fome e de sede ao cruzar o deserto.
Apesar de tudo, as mesmas fontes complementam que cerca de 560 mil mexicanos passaram para o outro lado da fronteira em busca de emprego, reforçando a milionária legião de imigrantes ilegais nos Estados Unidos.
Aliás, a campanha xenófoba que os republicanos fazem contra os ditos ilegais é de um cinismo exemplar. Todo mundo sabe que esse gigantesco e crescente exército industrial de reserva é fundamental para fazer girar a roda da fortuna na mais poderosa nação do planeta.
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