o poeta usou seu próprio sangue.
Não dispondo de papel,
ele escreveu no próprio corpo.
Assim,
nasceu a voz,
o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem foz nem nascente.
Lenda de Luar-do-Chão".
Mia Couto (1955, Beira, Moçambique). Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (Companhia das Letras, 2003).
2 comentários:
Lindo, Jr.
Poesia que pulsa... muito lindo
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