domingo, 7 de fevereiro de 2010

Falta alguém no banco dos réus

O vento das palavras varre o Haiti.
Sua história, sonhada e recontada em voz baixa, revela a mão que esbofeteia.
Das entranhas, laceradas, a trilha do aço que não cansa de macerar.
Conhecer as faces encobertas, retirar-lhes as elegantes máscaras e perceber como gotejam, rubras de sangue alheio, os dedos que agora se apresentam como salvadores.
Eduardo Galeano, cidadão do mundo, quer chamar atenção para o escândalo. Antes que tudo seja esmagado pela pesada potência do silêncio imperial.


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