Depois de meses de manobras e gincanas jurídicas variadas, estará, pela primeira vez, diante da juíza da Infância e da Adolescência, na condição de réu no processo que apurar o estupro de uma criança, à época, de nove anos, o ex-deputado Luiz Sefer.
A sessão está marcada para começar hoje às 9h, no Fórum Criminal no centro histórico de Belém.
Durante este tempo Sefer submergiu. Renunciou a seu mandato de deputado estadual, eleito pelo DEM (ex-PFL) para não perder o direiro de disputar uma nova vaga em outubro. Trocou de partido, ingressando no sempre solícito PP (igualmente formado de uma costela da antiga Arena pelas mãos operosas de Paulo Maluf) e anda por aí fazendo o que sempre fez, mantendo a mesma rede de aliciamento de eleitores que explica sua reeleição, por cinco mandatos, à Assembleia Legislativa.
Tudo isso, claro, na maior desfaçatez e sem qualquer sinal de constrangimento.
Oxalá ele não saia desse processo como um exemplo vivo de que o crime, para certas castas da elite brasileira, não somente compensa como pode ser um método eficaz de perpetuação no poder.
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