terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Patio trasero

A diplomacia das canhoneiras está de volta. Mas, dessa vez, vem revestida de uma sutileza desconcertante. A invasão dos marines caiu em desuso; hoje, as fronteiras já não conseguem deter o fluxo alucinante dos dólares que a tudo dominam. Já os golpes militares sangrentos - as quarteladas que infernizaram a América Latina por décadas - nunca saem de moda. Apenas recebem uma nova e vistosa vestimenta.
Honduras foi um perigoso laboratório. Se o governo de Porfirio Lobo, nascido de uma eleição ilegítima e realizada sob o manto do arbítrio, conquistar amplo reconhecimento internacional, a partir da bênção que obteve dos patrones da Casa Branca, estará aberto o caminho. E ninguém estará protegido contra essa eventual onda de exportação de democracia made in USA.

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