quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

De alhos e bugalhos

Para a grande mídia Hugo Chávez é um Stalin ressuscitado.
A batalha que se trava na Venezuela, opondo setores da plutocracia midiática e o governo legalmente instituído, estaria mais para uma Primavera de Praga do que para as conhecidas (e sempre reincidentes) articulações golpistas latino-americanas.
A repetição é tão intensa que discordar da tese dominante exala naftalina e gera imediato desconforto.
Mas romper esse cerco informativo é uma exigência do momento.
Como separar o joio do trigo?
O jornalista Breno Altman resolveu meter sua colher neste angu de caroço.

2 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí! Já são 11 (onze) anos de governo onde as liberdades são respeitadas; onde todos podem falar e pensar o que bem entederem, em casa, bem entendido; onde todos são felizes mesmo tendo de enfrentar as filas de racionamento de comida; onde a imprensa é livre, desde que não fale mal do gobierno.
Que venga mas 11 años de paraíso romântico bolivariano.
Vai pra lá, mano sonhador, vai...

Anônimo disse...

Do www.juventudeempauta.blogspot.com:

Na Venezuela, há jovens e jovens





A grande imprensa brasileira e internacional tem dado muito destaque à morte do estudante de medicina Marcos Rosales, 28 anos, violentado nos confrontos policiais, durante protestos contra o fechamento de seis canais de TV no fim de semana, por determinação do governo. Ele foi hospitalizado, mas acabou não resistindo aos ferimentos. Marcos era, legitimamente, um jovem oposicionista.
Surpreende que nada digam sobre o assassinato, na segunda-feira, de um jovem de apenas 15 anos, militante do movimento estudantil bolivariano, Yorsiñio José Carrillo Torres , que morreu baleado em uma manifestação pró-Chávez no estado de Mérida, quando participava de uma breve reunião, onde nove policiais também ficaram feridos. Pior ainda porque a morte foi fruto da ação de um grupo denominado Movimento 13, ligado à ULA (Universidade dos Andes). Ou seja, grupos juvenis oposicionistas - de direita e do movimento estudantil contrarrevolucionário - passaram a atacar grupos juvenis chavistas. No Brasil, esses setores colaboram com a Juventude Democratas.
Essas lamentáveis notícias mostram que na Venezuela não há uma juventude contra o presidente Chávez, mas jovens divididos a partir de seus ideais, onde os oposicionistas apelam para métodos terroristas contra os primeiros, a exemplo de setores da oposição naquele país e da antiga juventude que se engajou no CCC na época da ditadura militar brasileira.
A questão de fundo é que os grupos contrários a Chávez querem aproveitar a queda do preço e das exportações do Petróleo, que inicou uma crise econômica na Venezuela, para pôr abaixo as conquistas sociais da Revolução Bolivariana e usam a grande mídia privada para promover agitações, a começar pelo não cumprimento da lei que obriga os canais com 70% de conteúdo nacional a transmitir o programa "Alô, Presidente!". Nesse contexto, há jovens que concordam com a defesa do país contra a crise internacional, a salvaguarda das conquistas do governo Chávez (dentre as quais enormes avanços na educação e qualificação profissional) e o respeito à lei democrática e aqueles que discordam, tal qual no Brasil há jovens políticos e militantes que aplaudiram a bancada do PSDB ser assessorada pelas concorrentes internacionais da Petrobrás na tentativa de abrir uma CPI contra a principal empresa brasileira e exigiram da UNE que priorizasse o "Fora Sarney!" à defesa da soberania nacional sobre a exploração do Pré-Sal.