segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Polícia para quem precisa de polícia

Os dados são da Comissão Pastoral da Terra (CPT): é crescente a criminalização dos conflitos sociais. O número de sem terra presos, entre 2008 e 2009, simplesmente triplicou.
No extremo oposto, grileiros e mandantes de crimes de encomenda continuam não precisando temer apodrecer no fundo de uma cela. Uma ou outra honrosa exceção, como o recente retorno à cadeia de um dos patrocinadores do martírio de Dorothy Stang, apenas serve para lembrar a regra de ferro que se mantém incólume.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seria "criminalização de conflitos sociais" invasão e depredação de propriedades alheias?
Seria "criminalização de conflitos sociais" andar armado e atirar para expulsar pessoas e tomar posse na marra?
Caso afirmativo, isso é crime sim, previsto em lei.
Tanto quanto grileiros e jagunços criminosos.
O que não pode é ter "visão romântica e edulcorada" de que gente que invade e depreda propriedade alheia é apenas angelical trabalhador sofrido e necessitado que, por isso, tudo pode e fica isento de respeitar a lei.
Nem no paraíso cubano nem na Venezuela bolivariana é assim,camarada.

Aldenor Jr disse...

Anônimo das 13:20,

Evidentemente não se trata do que você alega.
Criminalizar os movimentos sociais significa perseguir, intimidar, e muitas vezes exterminar defensores de direitos humanos e líderes sindicais do campo.
Dentro de quatro dias, por exemplo, estaremos diante do quinto aniversário do martírio da irmã Dorothy.
Esse elenco de "acusações" que você enumerou, não por coincidência, era também aquele que a religiosa sofria. Seus detratores, entretanto, não se contentavam a esgrimir polêmica tendo o anominato como escudo. Partiram para a barbárie. A bala, à traição, como animais brutalizados e brutalizadores.
O que se quer é o respeito às leis. Mas, atenção, ao conjunto das leis e não apenas àquelas voltadas a proteger o patrimônio em detrimento da vida.

Anônimo disse...

Além do quê, anônimo das 13:20, invadir e depredar propiedade grilada não é e nunca será o mesmo que invadir e depredar propriedade legítima e produtiva. Esses argumentos calhordas só nascem na boca ( e nas mãos) de defensores do latifúndio criminoso.