A Escola de Mecânica da Armada (ESMA), em Buenos Aires, foi um lager portenho. Campo de extermínio, central de atrocidades, onde foram assassinados milhares de prisioneiros políticos do último regime militar argentinho (1976-1983). Lá, entre gritos terríveis e torturas inomináveis, pontificou um jovem e brutal militar, o capitão Alfredo Astiz, conhecido pelas alcunhas "O corvo" ou "Anjo da morte". É ele e outros 18 acusados que desde a última sexta (11) estão sendo julgados por uma enorme quantidade de crimes cometidos naqueles anos de chumbo.A Argentina, com todos os seus problemas políticos e institucionais, se agiganta quando tem a coragem de romper com este passado ignominioso.
Do lado de cá do Rio do Prata, para nossa vergonha, prevalece o comportamento pusilânime dos que preferem confraternizar com os algozes de ontem.
Ariel Palácios, correspondente do Estadão na capital argentina, conta essa história de horror, em detalhes. Uma leitura dolorosa e indispensável.
3 comentários:
Palmas para a Argentina que teve coragem de romper com esse passado terrivel.
Quando será que Cuba fará o mesmo?
ou há diferença entre ditadura militar de direita e esquerda?
Por que o anônimo das 11:52 esqueceu de citar o Brasil? Só porque ele aprova a tortura no Brasil, tanto quanto abomina a tortura em Cuba?
Não, caro sr das 22:02.
Deixei muito claro minha posição de abominar ditaduras de esquerda e/ou direita.Fica implicita a triste ditadura brasileira.
Mas eu perdoo sua desatenção; talvez a sua desbragada paixão pela "paradisíaca democracia" cubana o tenha feito reagir intempestivamente à minha indagação.
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