Todos os barracos foram todos queimados e as 300 famílias de trabalhadores sem terra obrigadas a subir nos caminhões e deixar a fazenda Nega Madalena, em Tucumã, sul do Pará. Seria mais um despejo violento como tantos não fosse um detalhe: os autores da truculência estavam fardados e usavam distintivos. Eram policiais federais, civis e militares e cumpriram mandado judicial expedido pela 5a Vara da Justiça Federal de Goiás. As terras pertenceram aos narcotraficantes Leonardo Mendonça e Fernando Beira-Mar, servindo para a lavagem de dinheiro e como ponto de recepção de drogas vindas do exterior.
A ação violenta, ao estilo dos sindicatos do crime tão ativos na região, quebrou um acordo que estava firmado entre o juiz federal e o Incra de Marabá, que já havia manifestado interesse em arrematar as propriedades em leilão. O MST, porém, promete apoiar a reocupação da área para denunciar o que considera a falência da política de Reforma Agrária do governo federal.
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