As placas tectônicas da profunda e intermitente crise socioambiental paraense entraram novamente em atrito, renovando os sinais de que não se perpetua o modelo de concentração de riquezas e de socialização da miséria sem que a fatura seja posta sobre a mesa.
Paragominas explode sob o cerco orquestrado pelos meliantes de sempre, agora mais audaciosos e violentos.
Xinguara entra em combustão denunciando a insegurança que sangra o sudeste e o sul, impune e cruelmente.
Novo Progresso é um paiol prestes a ir pelos ares, órfão de autoridades e sem qualquer horizonte que não seja o mergulho cego no caos.
Belém e seus arredores temem pela chegada diária de mais uma fornada de histórias trágicas, na voragem de uma guerra civil não-declarada.
Desse caldo insuportável é que provém a matéria-prima que faz girar rotativas ávidas por transformar em lucro instantâneo essa mistura incandescente de sangue alheio e ganância mercantil sem limites.
Um comentário:
E todo este panorama não abre os olhos do juiz Marco Antônio Castelo Branco. Em nome de uma falsa liberdade de imprensa ele nega liminar a ação que pretende fazer com maioranas e brabalhos se manquem.
Liberdade de imprensa não é isso, usar e abusar da barbárie para vender jornal. Que pena que o juiz tremeu nas bases.
Um abraço Aldenor
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