Para quem ainda se surpreende com o repentino crescimento da empreiteira Belém Ambiental decorrente de seus milionários contratos na Prefeitura de Belém, é bom saber que seu poderio não se resume às estratégicas áreas da limpeza pública, da pavimentação de vias ou da gerência da frota municipal de caminhões e demais equipamentos herdados da Macrodrenagem. Os tentáculos da firma que é o verdadeiro xodó do prefeito Duciomar Costa (PTB) se estendem a territórios mais amplos e não menos lucrativos. No portfólio da emergente BA consta, por exemplo, o contrato 15/06, que prevê a construção, no lixão do Aurá, de duas novas células de armazenamento de resíduos sólidos. Por razões insondáveis, o tempo passa e nada da obra - se é que alguma coisa efetivamente está sendo feita - mas o contrato segue seu curso, estando neste momento já no sétimo termo aditivo, como comprova a confusa retificação publicada no Diário Oficial do município, de 30 de junho deste ano.
Veja o seguinte trecho: "Considerando que o Sétimo Termo Aditivo ao Contrato 15/06 foi assinado como Sexto Termo Aditivo e publicado como 8o Termo Aditivo, e republicado como Sexto Termo Aditivo, permanecendo a irregularidade (...)". Deu para entender? Não se preocupe. A Prefeitura garante que tudo está dentro da lei e o "vício" pode ser corrigido com a simples republicação do ato. Mais difícil vai ser explicar porque os prazos deste estranho contrato são consumidos com tanta avidez, só comparável à voracidade com que as verbas parecem ser consumidas pelo pagamento sempre pontual de gordas faturas.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Resíduos (muito) sólidos
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