Enquanto toda a grande mídia se refastelava com a pantomima encenada pelos cardeais do governo e da oposição em torno da CPI da Petrobras no Senado, outra batalha, talvez mais séria ainda, estava sendo travada na Câmara dos Deputados. Na surdina, o consórcio PT-PMDB-PSDB-DEM et caterva resolveu sepultar, por inanição, a CPI da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), proposta para investigar as evidentes falcatruas do setor elétrico pós-privatização.
A manobra por pouco não dá certo, e só depois de uma ameaça de recurso ao STF a CPI acabou instalada. Se ela vai mesmo funcionar, já são outros quinhentos.
Quase nada se falou, portanto, sobre esse escândalo vergonhoso que revela os intrincados laços entre as empresas do grande capital que abocanharam, por uma ninharia, a cobiçada rede de concessionárias de geração e transmissão de energia elétrica e seus representantes - ou melhor, seus despachantes de luxo - que ocupam incontáveis cadeiras no Congresso Nacional.
Mas sempre há alguma voz que se levante, assumindo a tarefa quase intransponível de se fazer ouvir no meio da algaravia criada para assegurar o silêncio a favor de quem de inocente não tem nada.
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