1997, ao correr do martelo, a Vale é vendida (ou doada, melhor dizendo) pela quantia ridícula de R$ 3,338 bilhões, quando, dez anos antes, somente a reserva mineral de Carajás, no Pará, havia sido estimada em US$ 108 bilhões.
2008, a Vale anuncia o lucro obtido no segundo trimestre: R$ 4,573 bilhões, com uma queda relativa de 21,7% em relação ao mesmo período do ano passado, mas surpreendendo com uma elevação de 103% sobre o primeiro trimestre, mesmo sob o impacto da valorização cambial do real sobre o dólar e em meio às incertezas da crise financeira que remexe as entranhas da economia norte-americana.
Como sempre, o minério de ferro, grande parte retirado do território paraense, esteve no topo da lista dos produtos exportados pela gigante mundial da mineração: nada menos que 78,665 milhões de toneladas métricas, com alta de quase 9% sobre o mesmo período do ano passado.
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Lucros em pencas
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Um comentário:
Enquanto isso, a sociedade do Pará assiste ao enriquecimento de uma instituição multinacional com o minério extraído do próprio solo.
Mas o Neoliberalismo é isso: consumidores e fornecedores "ilimitados", já que fronteiras não existem. Valoriza-se a melhor oferta não importando de onde venha.
Em 1997 o Brasil se ajoelhou, agora tem de rezar... e rezar até quando?
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