Quem conhece a história recente (ou pretérita) da América Latina tem todo o direito de duvidar da existência de bruxas, ou, pelo menos, de suas mais maléficas e misteriosas manifestações. Acidentes envolvendo aeronaves de uso privativo de chefes de Estado, por exemplo, podem não ser fruto de simples e prosaicas falhas mecânicas.
A queda do helicóptero presidente da Bolívia, na semana passada, apenas cinco horas de ter servido o presidente Evo Morales em um deslocamento, é mesmo um fato muito suspeito. No acidente morreram todos os ocupantes do avião, sem que, até agora, tenha sido descoberto o real motivo do desastre.
Supersticiosos de plantão, de olho nas coincidências, lembram que na quinta-feira, 31, completou-se mais um aniversário do "acidente" matou o presidente panamenho Omar Torrijos, quando misteriosamente seu avião explodiu em pleno vôo, justamente ele que se notabilizara por confrontar os interesses dos Estados Unidos na América Central. O militar nacionalista governou o pequeno e estratégico Panamá sob um regime ditatorial, mas de viés latino-americanista e não-alinhado.
Entre seus feitos, o mais destacado, foi o de ter conseguido reaver a soberania sobre o Canal do Panamá, depois de ter permanecido sob o domínio neocolonial norte-americano de 1903 a 1977, quando Torrijos assinou o histórico acordo com o presidente Carter, que devolveu aos panamenhos o controle sobre uma a área de 1432 km2 de seu território nacional.
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