sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Símios à beira de um ataque de nervos

O ato dos militares em protesto contra a possibilidade de punição dos crimes de tortura e execuções extra-judiciais cometidas durante os anos de chumbo teve uma audiência bastante representativa. Além de dezenas de oficiais das três armas, da ativa e da reserva, lá pontificou um homem que tem todos os motivos para expressar seu descontentamento. Trata-se do coronel reformado Carlos Brilhante Ustra, conhecido torturador do famigerado DOI-Codi paulista, que recentemente teve o dissabor de ver reaberto o processo judicial que visa apurar sua responsabilidade direta na morte de diversos presos políticos.
O clima era de um golpismo rudimentar e um tanto histérico. Não faltaram discursos propondo "desapear" do poder o ministro Tarso Genro (Justiça), principal alvo da manifestação dos setores mais retrógrados da caserna.
Do lado de fora do Clube Militar, local do protesto, algumas dezenas de estudantes mobilizados pela UNE, tentaram fazer o contraponto. Bom sinal de que a sociedade brasileira pode, enfim, despertar e fazer renascer a luta contra a impunidade que macula de forma visceral a transição política após o fim dos 21 anos de ditadura militar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa UNE contraponteando seja lá quem for, já não existe mais.
Hoje é chapa-branca do governo Lula.
"Aquela" UNE, dos tempos de chumbo sim, era verdadeira, rebelde e sadia, acabou infelizmente.
Hoje é claque do Lula.

Quanto aos crimes da tortura, que sejam, sim, investigados e os torturadores julgados e punidos.
Assim como os terroristas da época, que largaram a luta política optando por matar inocentes.
Assim se fará justiça equilibrada e igual, como tem de ser.