Os usineiros, erguidos à condição de "heróis" do agrocombustível por Lula, devem ter muita dificuldade para explicar os números sistematizados pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, de São Paulo. Nos últimos 23 anos - entre 1985 e 2008, os cortadores de cana aumentaram a produção diária de 5 para quase 10 toneladas diárias, 86% a mais. Entretanto, a remuneração do trabalho só fez cair. Cada tonelada cortada vale hoje R$ 3, 29, quando duas décadas atrás rendia R$ 6,55.
Em resumo: mais mecanização, maior produtividade, convivendo com depressão salarial e aumento da jornada de trabalho extenuante, responsável pela morte de, ao menos, 20 canavieiros no rico interior paulista entre 2004 e 2007.
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