Alguns candidatos - independente do resultado oficial a ser proclamado pelo TRE - sairão das eleições bem menores do que entraram. Pilhados em malfeitorias, eles acabam por revelar, pelo menos para a parcela mais crítica do eleitorado, a face necrosada de certa política baseada na arte da malandragem e da empulhação.
Por isso é tão importante a corajosa a sentença da juíza Ezilda Pastana Mutran, da 98a Zona Eleitoral, impugnando a candidatura de Duciomar Costa (PTB). Ela acatou o pedido formulado pelo Ministério Público Eleitoral baseado nas muitas ações judiciais por improbidade administrativa que o atual prefeito responde na Comarca de Belém e na Justiça Federal da 1a Região, todas por desvios de recursos destinados à saúde pública.
Imediatamente, o exército de advogados a soldo do impugnado tomou as providências de praxe, buscando anular a sentença em uma instância superior. É muito provável que alcance sucesso, mas as repercussões simbólicas já terão sido produzidas.
Como o jogo eleitoral está apenas no começo, não deixa de ser um bom presságio. Algum nível de ajuste de contas poderá ocorrer com as velhas e carcomidas formas de se fazer política. O desfecho, após a contagem do último voto, sempre pode trazer de volta o inusitado. Para o dissabor dos que se imaginam capatazes da vontade popular.
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Um sopro ético, tênue, mas valioso
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Um comentário:
Perfeito !
VPF
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