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terça-feira, 28 de outubro de 2008
Cara e coroa
Um só governo, dois discursos completamente antagônicos. Enquanto a dupla Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) defende a punição dos criminosos da ditadura – a tortura não é e nem nunca foi crime político, portanto não é passível de anistia -, Jefferson Guedes (Advocacia Geral da União) dá parecer favorável aos militares reformados Carlos Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, ex-comandantes do DOI-Codi paulista, acusados pela Justiça Federal pelo desaparecimento, morte e tortura de, pelo menos, 64 pessoas, na década de 1970. Resultado: lá está, mais uma vez, o Brasil, a caminho do banco dos réus na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede em San José, Costa Rica.
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