segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um juiz em seu labirinto

Não há qualquer resquício de interesse público na decisão do juiz José Torquato Araujo de Alencar, titular da 1a Vara da Fazenda Pública da Capital, determinando que a Prefeitura modifique o traçado da avenida 25 de Setembro, em Belém, uma via totalmente arborizada que marca de forma característica a área contígua ao Bosque Rodrigues Alves, uma das últimas porções de floresta urbana que sobreviveu ao crescimento e urbanização da cidade. Ao contrário, a decisão é não só equivocada tecnicamente - por seu caráter de via local e por sua pequena extensão a 25 não tem como se tornar em um corredor de tráfego - como presta um gigantesco desserviço aos interesses coletivos que, em tese, o Ministério Público - autor da ação - e a própria Justiça têm o dever constitucional de preservar.Afinal, a cidade não deve ser pensada apenas para atender os interesses dos proprietários de carros. Verdade meridianamente ausente nas mal traçadas linhas de uma desastrada e injusta sentença.

5 comentários:

Anônimo disse...

Caro blogueiro, felizmente a sua opinião sobre a 25 de Setembro é minoria. Com todo respeito e admiração pela sua boa e culta escrita, a 25 de Setembro foi criada para beneficiar uma pequena elite, que mora na área e hoje afronta o resto da cidade, sem opção de vias de escoamento no trânsito. A justiça decidiu certo, e, certamentamente é que quer a maioria, que é o que deve prevalecer em numa democracia, certo?
Vida longa pro seu blog.

Anônimo disse...

A 25 não é, e não deve ser, via para circulação de ônibus.
A 25 não é, e não deve ser, via para grande fluxo de carros.
A 25 não é, e nunca será, via para desafogar o trânsito naquela área.
A 25 é sim a única rua-bosque que temos, planejada ainda quando era prefeito o muito respeitado Ajax de Oliveira.
Quando todos estão discutindo e mostrando preocupação com a questão ambiental, principalmente nas áreas urbanas, vem essa decisão estranha, e também polêmica, do Ministério Público.
E isso faltando apenas uma semana para a eleição.
Acho que o poder público deveria, isso sim, dar uma atenção especial àquela área: quer na manuntenção daquele bosque, como, também, exigir uma maior participação e cuidado redobrado por parte dos moradores da 25.
Assim todos se sentem responsáveis e a cidade agradece.

Orly Bezerra

Anônimo disse...

Lamentável o papel prestado pelo Ministério público nessa história. A cidade é um caos tão grande de carros, sem uma política séria de transporte público. Talvez a prefeitura fizesse melhor se o seu mandatário atual (o dotô Duciomar) concretizasse as obras viárias já em "andamento".
A 25 infelizmente foi condenada por que uma elite motorizada quer ter mais espaço pros seus carros.

Cláudio

Anônimo disse...

O promotor que ingressou com a acao tinha como um dos argumentos o fato de que, como prpofessor da Ufpa, tinhA que dar uma volta grande (nao sei para onde) culpando a 25 pelo seu trajeto. Ouvi isso uma vez, quando ele andava pra cima e pra baixo com o vice Odair, e passei a ter do sujeito uma má impressao.

Anônimo disse...

O Ministéro Público do Pará é analfabeto de pai e mãe em matéria de direitos difuso e equidade na distribuição do meio ambiente!!! Já viu alguma Ação contra os Frigoríficos do Sul do Pará???
Contra as mineradoras deste estado??? Contaremos nos dedos as Ações em defesa dos direitos difusos... Uma turma de gente velha, preguiçosa transformou o MP do Pará num repartição sem sentido!!! Égua desse Ministério Público!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!