Perder o timing costuma ser fatal. O atirador de elite que perde o momento exato para fazer chamado tiro comprometimento na testa do seqüestrador estará condenando à morte o refém. Da mesma forma, em política, perder o momento exato para desfechar o ataque mortal contra o adversário – se é que existe mesmo este ou aquele ataque que, isoladamente, pode levar o contendor à lona -, pode encurtar o caminho para a derrota quase certa.
A bateria de comerciais da campanha de Priante relembrando alguns dos aspectos mais tenebrosos da folha corrida de Duciomar, 72 horas antes do pleito, tem tudo para ser inócua. A esta altura, com as intenções de voto em grau adiantado de cristalização, a elevação de tom dificilmente surtirá o efeito desejado. As cartas, afinal, estão todas sobre a mesa e o jogo já vai longe, com seu elevado grau de vício e, salvo o imponderável, com o final pesaroso praticamente selado.
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