Duda Mendonça já não é mais o mesmo. Há pouco mais de uma década, ele era o maior expoente de um marketing político desprovido de qualquer dimensão ética, mas que se mostrava bastante eficaz na criação de personagens de forte apelo eleitoral. Eclético, emprestava sua suposta genialidade a figuras como Maluf, Celso Pitta, Marta Suplicy e Ciro Gomes, entre outros, até se tornar, em 2002, o criador da “Lulinha paz e amor" e ser entronizado como o mago da publicidade oficial do petismo. Aí veio o escândalo do mensalão e Duda caiu em relativa desgraça, entrando num período de hibernação.
Agora ele retorna com força às campanhas, atuando como consultor em várias capitais, inclusive em Belém, onde está por trás das artimanhas midiáticas de Duciomar Costa.
Segundo matéria publicada na edição de hoje da Folha de São Paulo, ele não consegue ficar longe de polêmica quando o assunto resvala para a gerência de seus contratos tão milionários quanto suspeitos. As equipes sob sua supervisão em Recife, Salvador e Rio de Janeiro, principalmente, estariam sofrendo com os constantes atrasos nos pagamentos, muito embora os valores já tenham sido antecipados em sua totalidade ao marqueteiro. Firma-se, assim, sua fama de mau pagador.
Resta saber o destino dos três milhões de reais pagos por Duciomar, numa alquimia contábil interessante para uma campanha que se comprometeu junto ao TRE a gastar no máximo, nos dois turnos da eleição, inverossímeis R$ 8 milhões.
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