O governo do Equador, em ato soberano, mostrou a porta de saída do país para a construtora brasileira Norberto Odebrecht e exigiu que, em no máximo 30 dias, abandone suas quatro obras em andamento, estimadas em US$ 650 milhões.
A razão do conflito foi, segundo o presidente Rafael Correa, os prejuízos causados pela empreiteira na construção da hidrelétrica de San Francisco, responsável por 12% da geração de energia do país. Inaugurada ano passado, com financiamento do BNDES da ordem de US$ 243 milhões, a usina parou de funcionar em 6 de junho devido a problemas no túnel e nas turbinas.
A Odebrecht, a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez, líderes do mercado nacional da construção pesada, pretendem construir, com o aval do governo Lula, a bilionária usina de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu paraense. Isso já seria razão suficiente para diminuir a pressa com o andor, mas parece que tem servido de estímulo para os insaciáveis barrageiros e de seus neoconvertidos defensores, alguns deles sentados nas mais poderosas cadeiras do governo de Ana Julia (PT).
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