E não se está falando dos chamados "chefões" do tráfico em favelas e bairros periféricos que, vez por outra, são apresentados pela polícia como "barões da droga". Na verdade, são apenas soldados, flagrados de bermuda e chinelo em aberta contradição com o armamento de alta potência que muitas vezes utilizam.
Os capos das organizações criminosas jamais têm seu rosto revelado. Estão acima e, como revela a intrigante reportagem da Carta Capital desta semana, bem distantes do território brasileiro, ao mesmo tempo um enorme mercado consumidor e um pouco vigiado corredor pelo qual transitam volumes cada dia mais espantosos de cocaína e outras comodditties das transnacionais do crime.
É aí que entra a máfia calabresa - a poderosa 'Ndrangheta -, com fortes e antigas raízes no país, e que possui sob seu comando com uma extensa e bilionária rede de tráfico e lavagem de dinheiro.
Fazer vistas grossas a esse fenômeno equivale a deixar aberta a porteira para novas e tormentosas tragédias, como se já não bastasse a existência dos cartéis nacionais da bandidagem de elevado calibre que por aqui proliferam sem cessar.
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