Livre concorrência?
Primado da iniciativa privada?
Que nada!
Por trás da agitada movimentação nos bastidores do leilão da usina de Belo Monte, protegida por uma espessa cortina de desinformação e boatos, aparecem operadores semi-ocultos que manejam com habilidade os reluzentes cordeis.
E quem são esses demiurgos que controlam a retaguarda do maior negócio - e maior desastre socioambiental anunciado - deste novo século?
Ora, os mesmos de sempre. Os fundos de pensão - Previ, Funcef e Petros - e o insondável BNDES, grandes financiadores da empreitada.
Ao lado das megaempreiteiras (Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez), sob a tépida chancela oficial, estarão perfilados os grandes beneficiários do setor eletro-intensivo (Vale, Alcoa e Votorantim). Carnaval bilionário e sem qualquer risco.
O que importa é que a margem de lucro seja a maior possível. Ainda mais quando o dinheiro a ser empregado na aventura não é o deles. Pelo contrário, a dinheirama sairá dos cofres públicos, remunerados por juros subsidiados e a longuíssimo prazo.
Nunca os pobres deste país financiaram o crescimento de tantas e tão suspeitas fortunas. Nunca.
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