Não há dúvida de que Lula se vergou às pressões da caserna e dos setores mais retrógrados da sociedade brasileira. A revisão do Plano Nacional de Direitos Humanos, foco de conflito dentro e fora do governo, possui um significado muito maior do que qualquer questão semântica.
O decreto assinado ontem (13) detalhando os parâmetros de trabalho de uma futura Comissão da Verdade representa a própria negação da mais remota possibilidade do país assistir, algum dia, o esclarecimento (e eventual punição) dos crimes de lesa-humanidade perpetrados pelos agentes - fardados ou não - do regime de 64.
O jornalista Janio de Freitas, na Folha de hoje, desvela o embuste que está subjacente a mais uma jogada saída da cartola de um presidente que parece ter medo patológico de enfrentar os conflitos com os poderosos de sempre. E esses conflitos, todos sabem, são indispensáveis para dar face a qualquer governante que pretenda manter sua espinha dorsal ereta.
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