Madrugada. Periferia de Belém. A turba não cansou de espancar os dois jovens. Após condená-los em "julgamento" sumaríssimo, o juri se transmutou em pelotão de fuzilamento. Ali, no meio da rua.
Um dos jovens, de 20 e poucos anos, foi obrigado a se ajoelhar. Humilhado e sangrando recebeu o tiro de misericórdia. A cabeça explodiu com o impacto do projétil. Sangue, muito sangue, empapando o asfalto.
O segundo jovem é salvo por inusitado acaso. Estudara com um dos agressores. Foi sua salvação.
Esta cena não é ficção. Retrata mais uma execução das tantas que se repetem todas as semanas. Marginais que se auto-proclamam "justiceiros" saem enlouquecidos agarrando os primeiros que encontram, para então iniciar a sessão de barbárie. Lichamentos como esse estão virando rotina na mesma medida em que a voragem da violência atinge níveis de completo descontrole.
O que está faltando para que a polícia passe a prender em flagrante os agressores, fazendo com que paguem pelo crime de homicídio qualificado?
Nenhum comentário:
Postar um comentário